19 de março de 2017

Como se formam as ondas do mar?

 
Assim que o vento começa a soprar no mar, ocorre uma colisão entre as moléculas, iniciando-se um processo de transferência de energia entre o ar e o mar. Surgem pequenas deformações com comprimento de 1 a 2 cm, conhecidas por ondas capilares. A superfície do mar torna-se rugosa. Se o vento cessar, a rugosidade também cessa imediatamente.

As deformações aumentam se o vento continuar soprando, e se transformam em pequenas ondas com uma parte elevada chamada crista, e uma depressão chamada cavado. Neste estágio, se o vento cessar elas continuarão a ter vida própria e se propagarão pela superfície. São conhecidas por ondas de gravidade.

A distância entre duas cristas consecutivas, é superior a 2 cm no início de sua formação. Com o vento soprando, a transferência de energia prossegue, e as ondas ganham altura. Logo haverá ondas de vários comprimentos, formando um conjunto de ondas denominado espectro. Se o vento soprar por vários dias, atinge-se um estágio onde o espectro está no desenvolvimento máximo e torna-se estável. Neste instante há um equilíbrio e a energia que é transferida do vento para as ondas se iguala à energia que é perdida por dissipação e transporte.

A regra é simples, quanto maior for a velocidade do vento, maiores serão as ondas que compõe o espectro, e mais tempo será necessário para atingir o estágio estável. A forma ou as características do espectro de ondas depende de 3
propriedades do vento:
intensidade:
 ventos intensos formam ondas maiores. Velocidades acima de 10 m/s são necessárias para construir ondas com altura superior a 1 m.;
duração: se o vento cessar prematuramente poderá não haver tempo suficiente para construir um espectro estável. Precisam soprar durantes alguns dias para que ocorra transferência de energia suficiente para formar ondas acima
de 2 a 3 metros Só para quantificar, um vento de 20 m/s necessita de cerca de 48 horas para construir um espectro estável;
extensão: ventos soprando sobre uma pequena área não conseguem formar espectros estáveis. Precisam soprar por uma área de cerca de 1 a 2 mil quilômetros de comprimento, chamada pista de vento, para formar o espectro estável.

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